sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Epic Light: La Cambre no Carpe Diem


Epic Light é o resultado de um workshop com o tema "Lisboa", em que no prazo de apenas uma semana os artistas tinham de idealizar, fotografar, imprimir e montar a exposição agora patente no Carpe Diem Arte e Pesquisa, em Lisboa.

Tendo como mote uma ideia tão desafiante e abrangente, seria de esperar que lhe fosse dada alguma relevância e destaque por parte do centro cultural, coisa que não se verifica. No edifício, as fotografias foram espalhadas aleatoriamente por entre outras exposições de outros artistas, sem que haja uma referência ao autor ou tema das imagens. É como se estivessem ali por estar, um simples ornamento, negligenciadas pelo próprio organismo organizador do evento.

Muitas das vezes as imagens não têm, sequer, a luz necessária para que sejam vistas, não por falta de meios, visto que algumas chegam a ter holofotes por cima, mas apontados ao tecto, mergulhando as imagens na escuridão - algo que poderia ser desculpado no verão, com a existência de luminosidade natural vinda das grandes janelas do palácio, mas que não deveria acontecer numa exposição que decorre nos meses de Inverno, em que a noite chega mais cedo e o céu está frequentemente carregado de nuvens.

Para conseguir compreender as obras é necessário, então, dirigir-se à recepção do Carpe Diem e pedir um catálogo da mesma - catálogo esse escrito em inglês e francês, mas que ninguém se deu ao trabalho de traduzir para português, num evento que decorreu e está exposto, afinal, em Portugal. Há só um, e é portanto preciso consultá-lo no local e tentar absorver todas as informações antes de subir ao primeiro andar para ver a exposição. Uma situação que se resolveria facilmente pendurando uma folha com a informação junto de cada grupo de fotografias.

A exposição Epic Light, que conta com a participação de alunos da Ar.co, Instituto Politécnico de Tomar, Atelier de Lisboa, e da escola artística La Cambre, em Bruxelas, pode ser vista até ao dia 20 de dezembro.




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