É uma antiga tradição da República Democrática do Congo à qual as comunidades deram continuidade até aos nossos dias. A mulher, ao ter o seu primeiro filho, torna-se uma walé, "mulher em aleitamento", regressando a casa dos pais onde vive num clima de reclusão que pode prolongar-se por alguns anos. A uma walé é proibido ter intimidade com um homem e fazer qualquer esforço que não seja a construção de cestos de verga e aprender as canções que relatam esse período de reclusão.
As canções retratam as suas relações com os pais e com o marido, por vezes através de comparações com animais. As mulheres interpretam-nas no fim do seu período de isolamento, num espectátulo de três horas que dão para o resto da sua tribo.
A tradição walé será assim uma espécie de hino à maternidade, que tem como função proteger a mãe e o recém-nascido, mas também fazer um controlo da natalidade, de forma a que os nascimentos sejam mais espaçados.
As canções retratam as suas relações com os pais e com o marido, por vezes através de comparações com animais. As mulheres interpretam-nas no fim do seu período de isolamento, num espectátulo de três horas que dão para o resto da sua tribo.
A tradição walé será assim uma espécie de hino à maternidade, que tem como função proteger a mãe e o recém-nascido, mas também fazer um controlo da natalidade, de forma a que os nascimentos sejam mais espaçados.
Patrick Willocq, fotógrafo francês crescido no Congo, deu corpo às canções destas mulheres, encenando-as em verdadeiros palcos feitos a partir das mais variadas matérias. O resultado são umas imagens cândidas mas cheias de vida, que nos transportam de novo à nossa infância.Uma maneira original de documentar esta tradição.
O trabalhado, entitulado "I'm a Walé, Respect Me", pode ser visto de 7 de julho a 21 de setembro nos Rencontres d'Arles.
Sem comentários:
Enviar um comentário